quarta-feira, 1 de janeiro de 2003

À procura de Nemo

Em 2003 a Disney e a Pixar juntaram-se para produzir aquele que iria ser o filme mais importante da minha vida: à procura de Nemo.


A história tinha como protagonistas dois peixes palhaço: Nemo e o seu pai, Marlin.

A mãe e os irmãos do Nemo (ainda ovos) são comidos por um tubarão logo no início do filme. O único ovo sobrevivente é o do Nemo, que acaba por ficar danificado. O Nemo acaba por nascer com uma barbatana mais pequena que a outra, o que faz com que o Marlin se torne super protector com o filho.

Eles tratam a barbatana mais pequena por barbatana da sorte (lucky fin) e neste ponto espero que a Disney não me venha bater à porta para pedir direitos de autor.


Devo confessar que quando vi o filme, em 2003, não associei as semelhanças da barbatana do Nemo ao meu braço. Só da segunda ou terceira vez, quando vi com olhos de ver e já tinha capacidade de abstração para olhar para lá da Dory, do Marlin, e das falas do filme que às tantas já sabia de cor, caí em mim com a frase "pensas que consegues mas não consegues, Nemo!".


Foi aí que o meu cérebro fez clique. Achavam que o Nemo não conseguia fazer as coisas porque tinha uma barbatana mais pequena. Que estupidez, ele consegue fazer tudo como os outros peixes. Tal como eu. Uma barbatana mais pequena é só um detalhe. Ele consegue fazer tudo. Ele conseguiu fugir daquele aquário. O pai conseguiu encontrá-lo e ele encontrou o caminho de volta para casa.

P. Sherman, 42, Wallaby Way, Sidney.

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